quinta-feira, 17 de julho de 2014

COPA DE 2014 por Paulo Ramalho



Apesar de ter sido muito gordo quando da minha infância e juventude, era metido a jogar futebol.

Morando na Avenida da Paz, onde nasci, brincávamos de tudo, mas a principal atividade era o futebol que jogávamos  com mais freqüência na praia.

Tínhamos um time de futebol o Atlântico Futebol Clube, cuja sede era na garagem de nossa casa, que ficava por trás, na rua Dr. Silvério Jorge.

Quando dos meus dezesseis anos de idade, um médico amigo da família apavorou tanto minha mãe, com relação a minha gordura, que ela resolveu me mandar a São Paulo, pois o meu irmão, o terceiro na ordem decrescente, era Capitão do Exercito, e Ajudante de Ordem do General comandante do Segundo Exercito, em São Paulo.

Eu sou o décimo e penúltimo.

Durante trinta dias fiz uma série de exames coordenados pelo professor titular da Cadeira de Endocrinologia da Universidade de São Paulo, que concluiu que eu não tinha nenhum distúrbio glandular e sim excesso de gordura, que seria corrigido com um regime alimentar e exercício. 

Minha cunhada me colocou logo num regime alimentar, assim é que cheguei a Maceió bem menos gordo.

Tanto é que numa festividade que houve no Colégio Diocesano, onde estudava, fui convocado a participar da seleção de futebol do curso ginasial que ia enfrentar a seleção do curso colegial, com direito a torcida feminina das alunas do Colégio Santíssimo Sacramento.
As fotografias a seguir são uma as duas seleções juntas e a outra a seleção do curso ginasial.

 
Outra atividade que praticávamos na Avenida era o jogo de botão, então cada um tinha que ter seu time de futebol, eu escolhi o Vasco da Gama.
Nunca fui fanático como meu amigo irmão Carlito que ainda hoje é Fluminense doente, e por mais de uma vez me mandou tomar...., a relativamente pouco tempo, porque gozei com seu Fluminense.

Mas copa é copa, assisto a todos os jogos da Seleção Brasileira.

Mas a tal de FIFA que penalizou o jogador Uruguaio pela dentada no ombro do adversário, não penalizou o jogador Colombiano pela brutal e intencional joelhada nas costas de seu adversário na frente do Juiz, que não deu cartão vermelho, nem ao menos advertiu. Não deveria esse Juiz também ser advertido?


Portanto houve dois pesos e duas medidas, passando FIFA significar o que segue:

Foi
Imparcial
Fomentado
Agressão em campo.

                         PAULO RAMALHO – 08/07/2014
                         Pramalho.castro@oi.com.br

segunda-feira, 7 de julho de 2014

FAZENDA MATARACA por Alberto Cardoso



Sábado,10 de maio de 2014 estive pela 1ª vez na sede/Casa Grande do Engenho/ Fazenda MATARACA, município de Atalaia/AL, acompanhado  do meu amigo de infância, avenidense da gema, meu xará  Alberto Nonô  - Cuca.

Ao adentrarmos nas férteis terras do MATARACA, Cuca ao lado do seu motorista,  ia me falando e descrevendo pausadamente as velhas lembranças que espontaneamente surgiam na sua mente.
A medida que sua Ford Ranger seguia pelos cercados e a vista deslumbrava vastíssimas pastagens de capim pangola, mostrava a vastidão e potencialidades daquelas  terras para criação de bovinos e eqüinos, embora possua também outras  vastas áreas de canaviais.

Nossa primeira parada foi num arruado de casas de colonos, baias, almoxarifado e outras instalações quando  Cuca apontou para uma das casas e disse que sua mãe Dona Santina havia nascido nela.
Observei com certa facilidade que Cuca estava cada vez mais se emocionando quando descrevia  em detalhes as lembranças de sua infância e adolescente naquelas terras.

Na nossa 2ª parada, início da ladeira com calçamento, de acesso a Casa Grande comentou com acentuada nostalgia e certa tristeza que hoje não se tem mais as aves e passarinhos  de sua época , como  galos de campina, rolinhas, canários, Xexéu, juritis , araras , bentivi e outros, que foram expulsos daquela região devido ao alto grau de desmatamento das matas e arvores frutíferas, dando lugar a pastos e canaviais.

A 3ª parada, já no pátio da Casa Grande, Cuca descrevia com emoção cada recanto , de cada cômodo, pois a mesma conserva toda a mobília, desde os vários quartos, sala de estar, sala de jantar, copa, cozinha, terraços daqueles tempos de ouro da Fazenda MATARACA e se  emocionou quando me falou que ia me mostrar o quarto que o Tio Celso fez para ele e Emilio meu irmão. Disse que seu Tio Celso tinha Emilio e Cuca como filhos e esse cômodo de 2 camas de solteiro foi idealizado para evitar que os mesmos ao regressarem das suas inúmeras noitadas e madrugadas da cidade do Pilar, não o acordasse  pois fez propositadamente uma porta externa diretamente com acesso pelo terraço . Com os olhos lacrimejados mostrou o restante da casa , a cadeira  espreguiçadeira  onde seu tio costumava descansar continua no mesmo local, a grande diversidade das mobílias, jarros , quadros, objetos de decoração nos seus devidos lugares.São relíquias históricas da família.

Enquanto percorríamos  os vários cômodos da Casa Grande, ouvia distante um barulho característico de uma queda d’água. De fato, fomos  andando para a parte traseira onde existe  as instalações de uma casa de banhos com churrasqueira, mesas  e complementadas com uma piscina ou banhos de bica alternativos com apenas o trabalho de fechar ou abrir as mesmas e aguardar poucos minutos para seu enchimento devido a grande vazão da água . Ao redor dessas instalações, um grandioso pomar adulto com várias fruteiras dando um sombreado e frescor agradável.  Como viemos ao mundo eu e Cuca fomos desfrutar daquele banho de bica  com a água naturalmente gelada, inesquecível,  sentindo o cheiro característico da água doce que desce por gravidade daquelas matas próximas da casa Grande  sem parar de inverno a verão por anos a fio.  É um prodígio da natureza. Serviu para nosso relaxamento  e revigoramento geral, pois cooperamos também com uns bons goles de uísque 12.



Ficamos cerca de2 h naquela farta natureza, mergulhando e bebericando onde Cuca descreveu inúmeras histórias dele e de Emilio naqueles tempos, época de ouro  de  sonhos   e  formação dos mesmos e que fiz questão de registrar quanto feliz estava por conhecer e sentir de perto aquele ambiente, aquele lugar e poder imaginar quão afortunados foram Cuca e Emilio por terem tido a oportunidade de desfrutar e viver aqueles momentos felizes de suas vidas.Cuca me fez lembrar de maneira profunda o meu querido irmão Emílio e que tenho certeza que onde ele estiver estará feliz por essa nossa  visita a Fazenda MATARACA.

De regresso á Maceió. enquanto o carro seguia pelas estradas, em minha mente  vinha a convicção que tenho muito gosto pelo campo e sempre que tenho oportunidade procuro conhecer e visitar as fazendas e ao desembarcar, já na  Pajuçara  disse a Cuca:  foi um excelente passeio, esta foi a melhor fazenda que tive oportunidade de conhecer.Grato Cuca e até breve.

Recife,30/06/14.
Alberto Cardoso