segunda-feira, 20 de agosto de 2012

TREM DE ALAGOAS por Lelé

 Não é por falta de opção que podemos deixar de ter um bom dia de lazer em Maceió. Na última quinta-feira, Pegamos (Cleves, Cynthia e eu) o VLT, trem com 3 vagões, às 10:20h. na estação de Maceió. De segunda a sexta-feira, são feitas 16 viagens por dia (Horário dos trens  = http://maceio.cbtu.gov.br/).

Os vagões são confortáveis, com ar condicionado e e muitos assentos disponíveis se chegarmos um pouco antes do horário. E o horário é britânico. Entre Maceió e Utinga ( 32 km de extensão), a mais distante estação em operação, paramos em mais 10 delas, incluindo Bebedouro, Fernão Velho e Satuba, e chegamos lá às 11:15h. Pegamos imediatamente o trem de volta às 11:17h., e dessa vez ficamos em Fernão Velho (11:40h.) para almoçar no Restaurante Coqueirinho, em frente à lagoa Mundau.

A paisagem que vamos encontrando a cada minuto é magnífica. Logo depois de sair da estação de Maceió, deparamos com o  povão no Mercado Público. Praça do Pirulito, feira do passarinho, um mundão de gente e casas de comércio. A de material de limpeza a mais suja de todas.

 E O TREM VAI DANADO... Logo aparece o campo do CSA no Mutange, com os jogadores azulinos treinando, mais atrás a Lagoa Mundau, que vai fazer sempre parte de nossa paisagem.

E O TREM VAI DANADO... Despontam os casarões coloniais de Bebedouro.  O bairro já foi o preferido da elite alagoana, que construíam seus casarões na rua principal, próximo à lagoa Mundaú e a linha férrea. Bebedouro nos tempos do major Bonifácio Silveira (bisavô do Cleves) era um reduto festeiro, conhecido de todos os maceioenses, que se deslocavam para lá e participavam do natal e do carnaval. A praça principal virava um imenso parque de diversões.  Casarões imponentes, como o da família Leão, hoje ocupados pela Clínica de Repouso Dr. José Lopes de Mendonça, e tantos outros que margeiam a principal rua de acesso ao bairro. Seus olhos não cansam de olhar.

E O TREM VAI DANADO...  Os canaviais aparecem a partir de  Fernão Velho.
      — Vou danado pra Catende,
            vou danado pra Catende,
            vou danado pra Catende
            com vontade de chegar...

Meu Deus! Já deixamos
a praia tão longe...
No entanto avistamos
bem perto outro mar...

Danou-se! Se move,
parece uma onda...
Que nada! É um partido
já bom de cortar...

              — Vou danado pra Catende,
                   vou danado pra Catende,
                   vou danado pra Catende
                   com vontade de chegar...

 (Trem de Alagoas - Ascenso Ferreira).

 De um lado cana, do outro também. É um mar verde de folhas. Se beber fosse pecado não existia canavial...

E O TREM VAI DANADO... Em Satuba se destaca a faculdade de agronomia. É o primeiro município depois de Maceió. Uma população mais densa que nas outras estações, portanto, bem mais movimentada.

E O TREM VAI DANADO... Agora finalmente aparece a  usina em Utinga. Da estação podemos ver os casarões dos Leões. É o fim da linha atual.

As paisagens que vimos foram belíssimas não só para nossos olhos, mas também para nosso ego. O orgulho de nossa história está ali resumido num trecho de trem circundando a Lagoa Mundau por menos de uma hora.

Na volta de Utinga, saltamos em Fernão Velho, para almoçar no restaurante Coqueirinho (3314-1649), a cerca de 5 minutos a pé da estação. Lá podemos saborear pratos típicos de nossa terra, como pitusada, siri de coral, peixada no camarão, carne do sol, caldinho de feijão de primeira qualidade, a preços módicos, inclusive as bebidas. Se a programação for mais planejada, podemos no dia anterior ao passeio ligar para o restaurante e pedir por exemplo um Pato ao Molho Pardo (eles têm criação de pato, galinha de capoeira, tô fraco, ganso...)

Curtimos o local até 15h. quando pegamos o trem de volta à Maceió. Ótimo passeio. Lavamos a égua. Nos pareceu mais adequado fazer o passeio às quintas ou sextas-feiras.

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