segunda-feira, 10 de outubro de 2011

FATOS E RECORDAÇÕES DA MINHA INFÂNCIA NA AVENIDA por Eurico Uchoa

Como é prazeroso relembrar aqui alguns fatos de minha infância. A amizade que iniciamos naquela época continua sendo marcante em nossas vidas. Nossos encontros mensais de hoje são a prova disso.

BANHOS DE MAR – Os banhos de mar na praia da Avenida eram deliciosos e as brincadeiras na areia também. Mas estávamos sempre atentos ao que se passava em volta. Certa vez, o irmão do Seu Heráclito Lima, que morava no sul, chegou por aqui. Ele tinha o hábito de dar um mergulho diário no mar. Fincava um pedaço de galho de amendoeira na areia, marcando assim o local onde havia escondido a chave de casa. Certa vez, assim que ele foi mergulhar, fincamos rapidinho um monte de galhos parecidos...

MANGAS ROSAS - Minha casa era vizinha da D. Maristela – mãe do Lelo, Lula, Tereza e Clarissa. Subíamos o muro da Villa Olinda (nome da nossa casa) para alcançar o telhado e de lá atingíamos a mangueira. As mangas rosas eram deliciosas e sempre saboreadas ali mesmo na calçada pela turma da Avenida.

CARRO DO DR HOMERO - A “fobica” do Dr. Homero era pilotada pelo Tonho que todas as manhãs conduzia os estudantes no Centro da cidade, para os Colégios Anchieta, Batista, Diocesano e Estadual. Lá ia eu, minhas irmãs e outros colegas. Se a boléia daquela camionete Ford falasse...

SAPATO DO SEU LUIZ - Lembro-me do famoso sapato preto do Seu Luiz Policarpo (empregado do Dr. Homero). Foi usado por mais de 20 anos e nunca soltou o selo de fabricação.

ROLETES DE CANA - Alberto e Valdo disputavam sempre o último rolete de cana na porrinha!!!

BANQUINHO DA PRAIA – Acirradas discussões sobre política aconteciam antes das eleições no banco da Avenida , em frente ao Beco Emilio Cardoso, principalmente na época da turma do Brizola.

CLUBE FÊNIX ALAGOANA – Das festas tradicionais do clube (aniversário, reveillon e carnaval), temos boas e divertidas lembranças...

JARAGUÁ TÊNIS CLUBE - Minha avó, mãe de meu pai, morreu numa quarta-feira e no sábado era o dia da Festa Macabra no Clube Tênis. Pedi para Tia Bel fazer uma fantasia de “Alma Penada” dizendo que seria usada pelo Ricardo Peixoto. No sábado, disse para família que iria dormir fora de casa, mas fui mesmo para festa. Na volta, traído pelo álcool, esqueci do que tinha inventado e ao voltar em casa, meu pai se deparou com a cena. Seu Ribemont, meu pai, ficou irado com o desrespeito pelo luto. Tentei explicar que de qualquer forma, era uma FESTA MACABRA, com caixões e velas por todos os lados, mas não escapei de 30 dias de castigo sem sair de casa.

FAMILIA GALVÃO – Lembro muito da família Galvão, vizinha da AABB na Avenida. Os filhos, bem menores que a gente, sempre nos ajudavam guardando lugares no cinema da AABB das quartas-feiras. Augusto Galvão, hoje um grande amigo, é um deles. Ele, Isolda e seus irmãos menores foram sempre os primeiros a chegar à sessão.

DIA DE NATAL – Por muitos anos, logo depois que ceávamos com nossos familiares, Emílio, Lelé, Tonho, Cuíca, Ricardo e outros ( a memória já não me ajuda ), íamos a pé até a festa da praça da Faculdade de Medicina, no Prado. Certa vez fomos assistir a um show de “Jararaca e Ratinho”, no palco montado perto do Memorial. Para tirar onda com Ricardo, que ia abrindo caminho na multidão, Emílio deu um tapa na careca do Ratinho e saiu despistando. A confusão formou-se em torno do Ricardo que estava na frente. Mas como nossa turma era “todos por um e um por todos” fugimos juntos do ambiente pesado !!!

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